Fatores clínicos e virológicos influenciam em teste para detectar dengue

Um novo exame foi criado para identificar fatores que influenciam na performance de captura de antígeno e outros marcadores com relação à dengue. A proteína não estrutural N1 (NS1) pode ser usada na captura simples de antígeno pelo teste ELISA para detecção precoce de infecção pelo vírus da dengue.
 
Uma equipe do Institute Pasteur em Phnom Penh, no Camboja, coletou sangue de pacientes hospitalizados durante as epidemias de dengue em 2006 e 2007 ocorridas no país. Amostras de sangue foram testadas e a contagem de hamatócritos e plaquetas assim como outros parâmetros necessários para o acompanhamento dos pacientes. O soro foi testado para dengue usando sorologia e métodos moleculares no Institute Pasteur no Camboja. A infecção por dengue foi confirmada em 243 de 339 pacientes sintomáticos e em 17 indivíduos assintomáticos dentro de um grupo de 214 membros testados.
A sensibilidade e especificidade do kit Platelia NS1 Ag foi de 57,7% e de 100%, respectivamente. Quando o ensaio NS1 foi combinado com o ELISA para captura de anticorpo IgM, a  sensibilidade aumentou significativamente com relação ao diagnóstico de dengue. A taxa de resultados positivos do NS1 Ag foi considerada significativamente alta nos casos de dengue (DF) do que nos casos de dengue hemorrágica (DHF) e da síndrome do choque da dengue (DSS). Além disso, foi detectado que a taxa foi maior nas primeiras infecções do que nas segundas, em pacientes com viremia (>5 log/mL), e em pacientes infectados com a variação da cepa da dengue viral tipo DENV-1. Em indivíduos assintomáticos, a sensibilidade de captura do anticorpo NS1 Ag tende a ser menor do que em pacientes sintomáticos.
 
Os autores do estudo concluíram que a sensibilidade geral do kit Platelia NS1 Ag, da BioRad, variou entre as muitas formas da infecção por dengue. A sensibilidade foi maior em pacientes nos três primeiros dias de febre causada pela infecção, em pacientes infectados pela primeira vez, em infecções tipo DENV-1, com alto nível de viremia, e em dengue clássica (DF) mais do que em dengue hemorrágica (DHF) e síndrome do choque da dengue (DSS). O estudo foi publicado em 19 de julho na edição online da Public Library of Science Neglected Tropical Diseases.
 
(Fonte: LabMedica)

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